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Veja número de visitas de combate ao Aedes aegypti por bairro de SP

Equipe Fiquem Sabendo

Publicado em: 22/02/2016
Atualizado em: 10/03/2023
Veja número de visitas de combate ao Aedes aegypti por bairro de SP Agentes visitam terreno na Vila Matilde, onde aplicam larvicida em carcaças de carros abandonados. Foto: Fábio Arantes/SECOM (05/02/2016) Morumbi e Moema, na zona sul, e Barra Funda e Alto de Pinheiros, na zona oeste, estão entre os bairros paulistanos que menos receberam visitas domiciliares de combate ao Aedes aegypti feitas pela gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) nos últimos meses. É o que aponta levantamento inédito feito pelo Fiquem Sabendo com base em dados da Coordenação Geral das Ações de Controle do Aedes Aegypti, da Secretaria Municipal da Saúde, obtidos por meio da Lei Federal nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação). A reportagem tabulou o número de visitas domiciliares feitas a cada um dos 96 distritos paulistanos entre 1º de janeiro de 2015 e o último dia 15. Esse período abrange cerca de 3,4 milhões de visitas a imóveis para combater focos do mosquito transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela. (Veja o detalhamento desses dados no infográfico abaixo.) Veja número de visitas de combate ao Aedes aegypti por bairro de SP Os números de visitas realizadas de 2015 para cá ainda estão sendo tabulados (leia mais abaixo).

Casos de dengue cresceram em sete dos dez distritos com menos visitas

Sete dos dez bairros paulistanos onde houve menos visitas domiciliares de combate ao Aedes aegypti registraram, no ano passado, aumento do número de casos de dengue na comparação com 2014. No Morumbi, a quantidade de casos confirmados da doença saltou de 36 para 122 de um ano para o outro. Em Moema, o aumento foi de 35 para 165. O número de visitas domiciliares, por si só, não quer dizer que um distrito corre o risco de viver um surto de doenças transmitidas pelo mosquito neste ano. Marsilac, bairro do extremo da zona sul que registrou a menor quantidade de visitas dos agentes, por exemplo, registrou apenas um caso de dengue em 2015.

Bairros com mais inspeções tiveram surto de dengue em 2015

A outra ponta do ranking, ocupada pelos bairros da capital paulista que receberam mais visitas dos agentes da prefeitura, traz parte das regiões que registrou aumentos expressivos dos números de casos confirmados da doença em 2015. Região com maior quantidade de visitas domiciliares registrada em toda a cidade, com um total de 165.963 imóveis inspecionados, Cidade Ademar, na zona sul, contabilizou 4.357 casos de dengue em 2015. No ano anterior, o distrito tinha registrado 367 casos. Segundo colocado no ranking de visitas domiciliares, o Grajaú (bairro mais populoso da cidade, com cerca de 360 mil habitantes), também na zona sul, registrou 1.596 casos de dengue em 2015, ante 342 no ano anterior.

Fiquem Sabendo publica índices de infestação por mosquito de todos os bairros de São Paulo

No dia 26 de janeiro deste ano, o Fiquem Sabendo iniciou a publicação dos dados mais completos de infestação por Aedes aegypti de todos os bairros de São Paulo. Na ocasião, o site disponibilizou os índices de Breteau (número de recipientes com larvas de Aedes aegypti para cada 100 imóveis visitados) de todos os 96 distritos da cidade. No último dia 4, o portal publicou o ITR (Índice por Tipo de Recipiente) de todos os bairros da capital paulista. Esse indicador aponta a quantidade de criadouros de Aedes aegypti na comparação com o número de recipientes com água parada analisados pelas equipes de vigilância epidemiológica em cada região da cidade. Todos esses índices foram contabilizados em outubro de 2015. Há a expectativa de que eles sejam atualizados até o fim deste mês.

Por que isso é importante?

A Constituição Federal de 1988 prevê, em seu art. 6º, o direito à saúde como um dos direitos sociais. Já o art. 196, também da Constituição Federal, diz que a saúde “é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. A Lei 8.080/90 (Lei do SUS) prevê, em seu art. 2º, que “a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício”.

Estatística de 2015 não tem data para ser concluída, afirma secretaria

Os números de visitas domiciliares de combate ao Aedes aegypti realizadas em 2015 ainda não foram totalmente contabilizados. Por esse motivo, não é possível, hoje, afirmar se os dados tabulados até então, apontando um total de 3,3 milhões de visitas domiciliares em toda a cidade, são ou não inferiores aos dados de 2013, quando houve 3,7 milhões de visitas. Questionada sobre isso por meio de sua assessoria de imprensa, a Secretaria Municipal da Saúde enviou à seguinte nota à reportagem: “A Secretaria Municipal da Saúde esclarece que as ações referentes ao ano de 2015 ainda estão sendo computadas; por isso, o número total varia de acordo com as consultas ao sistema ao longo do tempo. Não existe uma data para que todas as tabulações estejam no sistema, visto que, neste momento, a prioridade são as ações de controle ao vetor para bloqueio de transmissão da doença. Assim, é prematuro fazer qualquer tipo de comparação entre os números de ações realizados entre 2014 e 2015, pois a análise seria parcial e não correspondente ao todo. Cabe ressalta que a SMS está desempenhando ao máximo todas as ações possíveis, envolvendo o maior número de pessoas no combate ao mosquito, com treinamentos para diversos públicos (autoridades sanitárias, forças armadas, entre outros) a fim de que se tornem multiplicadores de informação e auxiliares no processo de controle do mosquito. É muito importante que toda a população tenha consciência de seu papel para o controle do mosquito nesta hora.”

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Este conteúdo saiu primeiro na edição #66 da newsletter da Fiquem Sabendo, a Don’t LAI to me. A newsletter é gratuita e enviada quinzenalmente, às segundas-feiras. Clique aqui e inscreva-se para receber nossas descobertas em primeira mão também.


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